Resumo: conceito de desenvolvimento
Se atualmente existe alguma clareza de que o conceito de desenvolvimento vai muito além de crescimento econômico, não foi sempre assim: O desenvolvimento ganhou destaque nas agendas governamentais a partir do fim da II Guerra Mundial, quando houve a urgência de restabelecer os mercados e a circulação de mercadorias. Veja bem, mercados e mercadorias.
Nesse contexto, programas de desenvolvimento foram experimentados em diversos locais, principalmente na Europa, mas foi o Plano Marshall, em 1950, que se constituiu como o primeiro grande projeto de planejamento para o desenvolvimento, ainda limitado ao viés economicista com objetivos mercadológicos como a capacidade de produção, capacidade de circulação da produção e consumo.
Segundo Sueli Goulart, na América Latina, estudiosos integrantes da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe – CEPAL se apoiaram na corrente histórico-estruturalista, que questionou este conceito de desenvolvimento mais tradicional propagado pelos países centrais e reproduzido pelas periferias. No Brasil, por exemplo, em 1950, Juscelino Kubistchek lança o Plano de Metas, que consolidou as políticas nacionalistas iniciadas no período Vargas, contribuindo para a integração nacional.
O desenvolvimento permaneceu entendido como crescimento econômico e poder de consumo até a década de 1970, quando as crises do petróleo fizeram o mundo pensar na finitude dos recursos naturais e de todo o desenvolvimento relacionado à exploração dos mesmos e questões como superpopulação, aos custos da tecnologia e do crescimento econômico.
A questão ambiental despertou mais cedo na crítica ao desenvolvimento nos moldes dos países centrais e a partir disso foi desencadeada de questionamentos não apenas para o setor ambiental, mas também fatores sociais passaram a ser considerados fundamentais para a compreensão e alcance do desenvolvimento.
O desenvolvimento passa a ser compreendido por vários autores, como