Resumo classicismo
O capítulo aborda sobre o nascimento e desenvolvimento do Classicismo, período histórico lusitano que durou de 1527 a 1580. Foi precedida pelo movimento cultural Humanista, a visão inovadora de vida, abordada no conhecimento do homem, não mais na de Deus, abalou as últimas décadas da Idade Média. Surgiu, assim, a vontade de ressuscitar o espírito da Antiguidade Greco-Latina. As ocasiões históricas e a típica situação geográfica confiaram a Portugal uma posição de superioridade na evolução do Renascimento. Contribuiu fortemente no método renascentista, além de difundir novas idéias em universidades estrangeiras. Principalmente, o alargamento dos horizontes geográficos com as descobertas marítimas e suas conseqüências nos âmbitos econômico e político, foi o que conferiu a Portugal a primacial importância histórica no período desde o fim do século XV até meados do século XVI. Nesse ímpeto revolucionário da Renascença e no desenvolvimento natural do Humanismo, o Classicismo invadiu as consciências, pois correspondeu literariamente ao geral e efêmero complexo de superioridade histórica. Valores opostos aos medievais entraram em vigor, como a concepção antropocêntrica do mundo, o paganismo, o saber concreto, científico e objetivo, o prevalecer do humano ao divino. Sá de Miranda, principal divulgador do Classicismo, foi quem trouxe das Itália os versos decassílabos, dentre outros, e o Antônio Ferreira ficou com o papel de teórico do movimento. Assim, os ideais clássicos predominaram em Portugal até a morte de Camões e à passagem de Portugal ao domínio dos espanhóis em 1580. O Classicismo consistia em uma concepção de arte baseada na imitação dos clássicos gregos e latinos, considerados modelos de suma perfeição estética. Porém, era um imitar sem copiar, mas uma observância de regras na criação, acrescentando a força do talento pessoal. A arte clássica é racionalista, preza pelo equilíbrio