Resumo Celso Furtado cap 1 a 4
Introdução: O livro é voltado para público mais amplo, sendo assim de entendimento facilitado. Os dados foram revisados sem que houvesse mudança nas conclusões fundamentais dos processos econômicos.
Parte Um: Fundamentos Econômicos da Ocupação Territorial
Cap 1 – Da expansão comercial à empresa agrícola
A Europa, em forte crescimento comercial desde o século XI, tem um momento de dificuldade no século XV, com as invasões otomanas e o corte das linhas terrestres de comércio com o Oriente. A busca de compensar essa dificuldade teve por resultado a ocupação das terras americanas nos novos continentes. O evento de ocupação da costa Africana e de outras ilhas nada tem a ver com o contexto comercial Europeu, tendo ocorrido anteriormente ou concomitantemente.
A descoberta das terras americanas foi de início um evento secundário, tendo como exceção as terras espanholas, onde logo foi descoberta volumosa quantidade de ouro. A notícia da rica descoberta rapidamente rodou a Europa, suscitando o interesse de outras nações e ameaçando os “donos” Portugal e Espanha e a questão logo saltou de um estado puramente comercial para um político. A Espanha, como forma de proteger seus achados, prontamente construiu cidadelas. Outros países também estabeleceram posições-fortes de modo a atacar os espanhóis em busca de espólios ou como ponto de partida para buscar outras descobertas. Tal corrida pelas riquezas acelerou o processo de ocupação do território americano.
Tal pressão internacional, movida pela percepção de que Portugal e Espanha só eram efetivamente donos das terras que ocupam, foi o principal motor para o desvio de recursos dos empreendimentos orientais por parte de Portugal a fim de ocupar o território brasileiro. Os custos de proteção dos território eram muitas vezes impraticáveis, de forma que foi necessário reduzir os perímetros de defesa aos territórios vistos como úteis (o eixo México – Peru, rico em ouro), além de