Resumo capítulo moléculas de bruxaria
Para confirmar que as alucinações foram produzidas pelo LSD, Hofmann decide tomar deliberadamente LSD. Como a dosagem médica da ergotamina era de pelo menos alguns miligramas, Hofmann achou que era prudente tomar apenas um quarto de miligrama, mas para se avaliar o quanto essa dosagem ainda era alta, para se produzir os efeitos alucinógenos do LSD que são bem conhecidos hoje, é usado pelo menos cinco vezes menos que esta quantidade, dado seu potente poder alucinógeno.
Como ele ficou tonto rapidamente, pediu a seu assistente que o acompanhasse em uma volta de bicicleta. Além de ter alucinações, ficou paranóico, com sentimentos alternados de intensa inquietação e paralisia, falava de maneira desarticulada e incoerente, teve a impressão de que saíra de seu corpo e percebeu visualmente os sons. Na manhã seguinte Hofmann acordou sentindo-se normal, com memória completa do que havia acontecido e aparentemente sem quaisquer efeitos colaterais.
O LSD passou a ser usado no tratamento de esquizofrenia alcoólica e na década de 1960 tornou-se uma droga apreciada no mundo inteiro com o chamado de dar as costas à sociedade e buscar o caminho da realização espiritual, milhares de hippies tomaram o LSD. Para as bruxas da Europa os alcalóides atropina e escopolamina podiam levar à fogueira.
Para os hippies os efeitos recorrentes da droga foram psicose permanente e em casos extremos, suicídio.
Ao finalizar o capítulo, uma reflexão importante é realizada: Se hoje não executamos os que apreciam os remédios feitos do mundo vegetal, estamos eliminando as próprias plantas, ao destruirmos florestas tropicais e talvez nos privando da descoberta de outros alcalóides ou outras moléculas com propriedades antitumores, ativas contra o