Resumo: CAPÍTULO 3: Avaliação e Formulação
WRIGHT, J. H; BASCO, M. R.; THASE, M.E. (2008). Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: um guia ilustrado (pp. 45-57). Porto Alegre. Artmed.
Segundo os autores, o processo de avaliação para a TCC, começa inicialmente com uma anamnese completa e um exame do estado mental do paciente. Com o objetivo de fazer uma avaliação completa e multidimensional, o terapeuta deve dar foco aos sintomas atuais, suas relações interpessoais, sua base sociocultural, seus pontos fortes pessoais, como também o impacto da história de seu desenvolvimento, da genética, dos fatores biológicos e das doenças médicas.
Ouro aspecto importante a ser considerado deve ser a adequação do paciente à terapia. Existem evidencias de que a TCC é comprovadamente eficaz para uma gama de quadros clínicos, pois além do tratamento aos transtornos depressivos e de ansiedades leves a moderadas, ela se estende aos casos de transtorno de depressão maior, bulimia nervosa e vários outros quadros clínicos, enquanto monoterapia adequada. Pode também ser aliada a farmacoterapia em transtornos crônicos ou mais graves, tais como a esquizofrenia, o transtorno bipolar ou o transtorno de personalidade borderline.
No que tange às contraindicações para o uso da TCC, o autor frisa: demência avançada ou outros transtornos amnésicos severos e estados de confusão transitórios, como delirium ou intoxicação por drogas, e ainda em pessoas com transtorno antissocial grave. Pois esses casos comprometem o estabelecimento da relação terapêutica colaborativa.
Algumas dimensões são consideradas na avaliação do paciente na TCC, que serão indicadores do prognóstico geral. A primeira é a cronicidade e complexidade dos problemas do paciente, que irão depender do tempo em que eles estão instaurados, os mais duradouros e complexos serão mais difíceis de tratar. A segunda dimensão é o otimismo em relação às chances de sucesso na terapia, lembrando sempre da possibilidade de existência