Resumo capítulo 2 de a construção das ciências
O dito método crítico dialético “parte-se da maneira pela qual, espontaneamente, as pessoas se representam algo.” (pág.37) Em seguida, usa-se de um diferente ponto de vista, negando o primeiro, para que, finalmente, uma síntese seja criada, resultando, assim, em uma nova maneira de ver. Entretanto, não se caracteriza por ser uma verdade absoluta, uma vez que esta pode também ser confrontada por uma nova antítese, originando assim uma nova tese, de maneira cíclica. Este ciclo se repete cada vez que uma tese não mais seja satisfatória. O que se obtêm, de fato, é uma nova representação, mais refinada. (págs.37-38)
O método crítico define-se, de maneira simplista e de acordo com as representações de Claude Bernard, na seguinte forma: “As ciências partem da observação fiel da realidade. Na sequência dessa observação, tiram-se leis. Estas são então submetidas a verificações experimentais e, desse modo, postas à prova. Estas leis testadas são enfim inseridas em teorias que descrevem a realidade.” (pág38) Através do método dialético, uma visão mais crítica pode ser obtida, à medida que se distancia da visão espontânea, da observação. Ao contrário do que a maioria acredita, “a observação não é puramente passiva, trata-se antes de uma certa organização de visão.” (pág.40) Assim sendo, para que uma observação seja feita, é necessária a utilização de uma série de noções tidas previamente e, baseando-se nestas, se obterá uma interpretação, variando de acordo com os conceitos prévios acerca do que se é observado. (págs38-42)
Um fato, por sua vez, é uma interpretação teórica tida como indiscutível, pelo menos até o momento. Para tal, se faz necessária uma prova de observação, de modo que esta seja capaz de apoiar o ponto de vista apresentado, resultado de uma interpretação que se faz mais