Resumo caps 3 e 4 . construtivismo: de piaget à emília ferreiro.
A alfabetização
No começo do capítulo, Maria da Graça Azenha faz uma contextualização do tema, enfatizando que a partir dos anos 80 houve um crescente interesse pelo tema da alfabetização inicial. Ela cita Emilia Ferreiro, uma psicopedagoga argentina, orientanda de doutorado de Jean Piaget, que é uma grande estudiosa do tema.
Junto com Ana Teberosky, Emilia Ferreiro escreveu o livro Psicogênese da língua escrita, que representou uma grande revolução conceitual, iniciando a instauração de um novo paradigma para a interpretação da forma pela qual a criança aprende a ler e a escrever.
Além de demonstrar que o fracasso nas séries iniciais da vida escolar atinge principalmente os setores marginalizados da população, o trabalho de Ferreiro e Teberosky trazem uma contribuição original do ponto de vista teórico, pois estudam um objeto ao qual Piaget não se dedicava. Devido principalmente a esses dois fatores, deve-se a grande importância do trabalho delas.
O trabalho de Ferreiro e Teberosky não propõem novos métodos de alfabetização e não foca os problemas de aprendizagem. O que esse trabalho procura demonstrar são os processos existentes na aquisição da linguagem escrita na criança. As pesquisadoras consideram essencial interpretar as formas peculiares que cada criança utiliza nesse processo de entender a escrita e para isso elas fazem a análise dos erros cometidos e da evolução desse processo em cada fase pela qual a criança passa.
Maria Graça Azenha coloca também que Ferreiro busca na Psicolinguística as bases para analisar seus experimentos e testar suas hipóteses. Para Ferreiro, ao ingressar na série onde começa a alfabetização, a criança já detém uma grande competência linguística que não é considerada pelo fato de considerar-se até o momento, que a aquisição da linguagem escrita ocorre da mesma forma que a linguagem oral (primeiro as vogais, depois as consoantes e