resumo cap14 SOCIOLOGIA: Introdução à ciência da sociedade
(resumo do capítulo 14 do livro “SOCIOLOGIA: Introdução à ciência da sociedade”)
INTRODUÇÃO
Terá no mundo alguma sociedade realmente igualitária na qual as pessoas pudessem desfrutar de maneira semelhante os bens e as oportunidades da vida social? Parece que não. As evidências históricas mostram que a cultura humana esteve sempre intimamente ligada, desde os seus primórdios, à ideia da distinção e da discriminação entre grupos sociais. Mesmo nas organizações sociais mais homogêneas e simples existiam diferenças de sexo e idade atribuindo aos grupos assim descriminados funções diferentes, certa parcela de poder, determinados direitos e deveres. A partir de então, nas sociedades que goram se tornando mais complexas, os membros não tinham igual acesso a algumas vantagens como, por exemplo, o poder de decisão e liberdade. O patriarcado existente nas mais remotas civilizações, garantindo aos homens o poder sobre a família e seus bens, demonstra que a igualdade é, antes de qualquer coisa, uma utopia, um ideal ainda não vivido pela humanidade.
DESIGUALDADE E POBREZA
Se é verdade que as sociedades apresentam desde a antiguidade diferentes formas de discriminação e de distribuição desigual de bens, por que a pobreza se torna tão pouco aceitável na sociedade contemporânea? Por que a existência de parcelas da população à margem dos benefícios do desenvolvimento industrial e sem acesso a uma quantidade mínima de bens parece tão chocante hoje?
A razão para essa nova postura diante de populações excluídas ou carentes se deve inicialmente ai fato de que na sociedade moderna, nos últimos séculos, sedimentou-se a ideia de que fazemos parte de uma totalidade que é a humanidade. Ao contrario dos povos antigos, que tinham muito clara a noção de que a sociedade se diferenciava por grupos inconciliáveis – como as castas indianas, por exemplo -, o mundo ocidental desenvolveu a consciência de constituir