Resumo cap. A censura Necessária - Arquitetura
NECESSÁRIA
Do Livro : Brasília em Questão – Aldo Pavan
Objeto de crítica
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Os vínculos estreitos e indissociáveis existem entre a concepção de Brasília e as aspirações da maioria dos arquitetos. Desde a sua Origem esta cidade sempre é vista como objeto de crítica.
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As dificuldades que os arquitetos e os críticos possuem, tem criado uma avaliação radical de Brasília, não é apenas uma consequência da complexidade e da singularidade das quais a nova capital se reveste;
Aquilo que ela tem de essencial tal postura somente será compreendida se compreendermos as suas relações com a ideologia criada por trás da sua aparente solidez.
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Objeções à crítica que se fazem presentes sobretudo entre os que pertencem às gerações formadas sob a égide da Carta de Atenas, e que foram educados a ver em Brasília uma das realizações mais plenas dos postulados, princípios e dogmas constitutivos da “Bíblia” dos arquitetos e a partir dos anos quarenta. E, de fato, a nova capital do Brasil foi concebida como a expressão exaltada daquilo que muitos supunham ser a organização racional do espaço e da vida.
A chave do Urbanismo
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As “ chaves do urbanismo”, ou seja, as quatro funções consideradas básicas ( habitar, trabalhar, recrear-se, circular) nela são espacializadas e relacionadas conforme o estipulado pelo urbanismo racionalista que, pela reificação, procura transformar a cidade numa relação entre atividades apreendidas como coisas, ao invés de conhece-las como suportes e formas particulares de manifestação de relações sociais determinadas pelas contradições e conflitos. (sempre que se tratar de sociedades divididas em classes. )
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Em Brasília, como desejava Le Corbusier e os demais signatários e seguidores incondicionais da
Carta de Atenas, a rua-passeio, que se identifica com a rua-corredor, foi eliminada, no seu lugar aparecendo as “vias” exclusiva para os automóveis que fazem parte de um sistema de circulação hierarquizado nos