resumo cap 2 do livro Capitalismo e liberdade
Uma objeção comum para sociedades totalitárias é que elas consideram que o fim justifica os meios. Tomado literalmente, esse objetivo é ilogicamente claro. Se o fim não justifica os meios, o que faz? Mas essa fácil resposta não dispõe da objeção; isso simplesmente mostra que a objeção não está bem colocada. Para negar que o fim justifica os meios é, indiretamente, para afirmar que o fim em questão não é o fim último, que o fim último é o próprio uso dos meios adequados. Desejável ou não, qualquer fim que pode ser alcançado só por uso de meios ruins deve dar lugar à extremidade mais básica do uso de meios aceitáveis. Para o liberal, os meios apropriados são a discussão livre e cooperação voluntária, o que implica que qualquer forma de coerção é inadequada. O ideal é unanimidade entre os indivíduos responsáveis alcançado com base na discussão livre e pleno. Isso é um outro jeito de expressar o objetivo de liberdade enfatizada no precedente capítulo. Através desse ponto de vista, o papel do mercado, como já foi observado, é que ele permite a unanimidade sem conformidade; que se trata de um sistema de representação proporcional de forma eficaz. Por outro lado, a característica da ação através de canais explicitamente políticos é que ele tende a exigir ou impor a conformidade substancial. A questão típica deve ser decidido "sim" ou "não"; no máximo, a prestação pode ser feita para um número bastante limitado de alternativas. Mesmo o uso de representação proporcional, em sua forma explicitamente política não altera esta conclusão. O número pf grupos distintos que podem de fato ser representados é estritamente limitada, de modo enormemente em comparação com a representação proporcional do mercado. Mais importante ainda, o fato de que o resultado final geralmente deve ser uma lei aplicável