RESUMO ARTIGO
O contato com a arte se torna mais revelador do que parece ser pelo fato de atingir duas dimensões relacionadas ao contato com a arte: O tocar: relacionar-se com matérias e materiais, e o ser tocado: sentir-se afetado pelos acontecimentos. Tal contato faz com que haja um alinhamento entre sujeito-ação-objeto em uma relação horizontal e sem hierarquias, na qual todos são igualmente importantes, assim, podendo-se chamar de contato vivo.
Pluralidade nos projetos de Arte na escola.
A pluralidade, fenômeno presente na contemporaneidade que se refere ao modo amplo de aprendizagem dos alunos, onde se deveria ter um espírito leonardesco de olhar para o mundo por diferentes pontos de vista ao mesmo tempo artísticos, literários e científicos, sem descaracterizar o que há de mais precioso nesses processos.
Todo esse processo exige cautela, para que possamos levá-la para a realidade da sala de aula mantendo a potência de integração e não de mistura incipiente. Questionamentos do tipo "Quais linguagens ou quais áreas são fundamentais na realização do projeto?" ou "Se uma área ou disciplina for suprimida, ainda assim mantém-se o sentido do trabalho?" são algumas das perguntas que ajudam no momento da tomada de decisões em relação a opções interdisciplinares e de integração de linguagens. Pode-se concluir, por exemplo, que um projeto lide com uma única linguagem, realizado em uma única disciplina, e isso não faz dele um projeto menos complexo ou pouco significativo.
Bom exemplo: um projeto sobre o desenho ajudou a transformar o olhar dos alunos:
A observação é a melhor e mais concreta forma de aprendizagem em relação ao desenho. Sem ela não se pode produzir o que se vê e sim o que se imagina, o que já foi colocado em sua mente no passado. Dada como peça essencial para o desenho, a observação foi dada aos alunos de forma relevante para que adiante pudessem produzir grandes técnicas.