Resumo 3 capitulos 1808

A fuga

A história começa em Portugal, numa época em que a Europa estava nas mãos do francês Napoleão Bonaparte. A França criou o Bloqueio Continental, proibindo o comércio entre a Inglaterra e o resto da Europa. Os países europeus que não seguissem essa ordem seriam atacados por Napoleão. Portugal, que sempre foi um grande aliado da Inglaterra, teria que escolher entre apoiar os Ingleses e de perder a Coroa para os Franceses, ou acatar as exigências de Napoleão e sofrer a ira da Inglaterra.

Ameaçado por Napoleão, D. João VI Abandona Portugal e foge para o Brasil. Antes de fugir, porém, raspa os cofres do governo. Essa fuga da Família Real para o Rio de Janeiro ocorreu num momento em que grupos de interesses diversos se opunham na luta pelo poder.

Na manhã de 29 de novembro de 1807, quando circulou a informação de que a rainha, o príncipe regente e toda a Corte estavam fugindo para o Brasil sob a proteção da Marinha Britânica, a primeira sensação dos portugueses diante da notícia foi desamparo e traição. Embora os europeus dominassem colônias imensas em diversos continentes, até aquele momento nenhum rei havia visitado uma colônia.

Além da surpresa da notícia, havia um fator que agravava a sensação de abandono. A noção de Estado, governo e identidade nacional era bem diferente da que se tem hoje. Ainda não existia em Portugal a idéia de que todo poder emana do povo e em seu nome é exercido - o princípio fundamental da democracia, pois, ainda vigorava o regime de monarquia absoluta. Assim, sem o rei, o País ficava sem rumo, pois dependia do rei toda a atividade econômica e sobrevivência das pessoas, o governo, a independência nacional e a própria razão de ser do Estado Português. Com a fuga do rei, Portugal deixava de ser um país independente, com governo próprio. Seus habitantes ficavam entregues aos interesses e à cobiça de qualquer um que invadisse suas cidades e assumisse o trono.

Naquela época Portugal era governado por D. João VI, o príncipe