Resumo dos capítulos 1,2 e 3 do livro 1808
A fuga1 da família real para o Rio de Janeiro ocorreu num contexto mais apaixonante e revolucionário do Brasil e Portugal, em que grupos de interesses diversos, como monarquistas, republicanos, federalistas, separatistas, abolicionistas, traficantes e senhores de escravos, se opunham numa luta pelo poder que haveria de mudar radicalmente a história desses dois países.
O fato surge como uma notícia inesperada para os portugueses, que no primeiro momento sentem a sensação de desamparo e traição. Depois, de medo e revolta. Para os Portugueses, além da surpresa da noticia da viagem, havia um fator que agravava a sensação de abandono, o fato de a noção de Estado, Governo e Identidade Nacional não existir com idéia de que todo poder emana do povo e em seu nome é exercido, ou seja, não existia o princípio fundamental da democracia, pois, ainda vigorava o regime de monarquia absoluta. O rei tinha o poder total. Criava leis, além de executá-las, os juizes e as câmeras funcionavam como simples auxiliares do monarca. Assim, sem o rei, o País ficava a mingua e sem rumo, pois dependia do rei toda a atividade econômica e sobrevivência das pessoas, o governo, a independência nacional e a própria razão de ser do Estado Português. Nesta época, o trono de Portugal era ocupado por um príncipe regente. D. João reinava em nome de sua mãe. O príncipe regente incapaz de enfrentar um inimigo que julgava poderoso decidiu fugir abandonando a Europa.
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1. O autor usa o termo fuga para definir o que aconteceu entre novembro de 1807 e julho de 1821, datas da partida e do retorno de D. João VI a Portugal.
2. OS REIS ENLOUQUECIDOS
O começo do século XIX foi uma época de pesadelo e sobressalto para reis e rainhas. Alguns perseguidos, outros destituídos, aprisionados, exilados, deportados ou mesmo executados em praça pública. Sendo que dois deles enlouqueceram. Em resumo, era uma época em que os monarcas literalmente perdiam a cabeça.
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