Resumido Secularismo e multiculturalismo
O secularismo e multiculturalismo estão convergindo. Menos implícitas, as questões sobre o regime adequado de secularismo nas democracias ocidentais estão cada vez mais interligadas com questões sobre as formas ideais para lidar com a crescente diversidade dessas sociedades.
As democracias modernas têm que ser seculares em algum sentido da palavra. A dúvida é qual sentido, pois tem mais que um.
Na visão A, o secularismo se ocupa principalmente com o controle da religião, definindo o lugar que ela ocupa na vida pública, mantendo-a neste lugar. Não precisa haver discussão ou repressão, desde que os religiosos compreendam e respeitem seus limites. Mas as várias regras que compõem o regime secular têm uma proposta básica.
Na visão B, o ponto principal de um regime secularista é controlar a diversidade religiosa e metafísica-filosófica de pontos de vista (incluindo pontos de vista antirreligioso e sem religião) de forma justa e democrática. Esta tarefa incluirá certos ajustes aos limites de ação a motivação religiosa na esfera do público, mas que também irá envolver limites semelhantes àqueles defendendo ou não as filosofias antirreligiosas. Para a visão B, a religião não é o foco principal do secularismo.
A questão é que B, por ser imparcial, é muito superior a visão A, pelo menos para o nosso tempo. A popularidade de A é para ser explicada por histórias ocidentais de luta em que regimes seculares vieram a se tornar. Mas nossa situação atual é, na maior parte bastante diferente daquela que gerou esses conflitos. É uma crescente diversidade em todas as democracias ocidentais. Por isso, B é mais apropriado.
Olhando-se para o que B envolve mais de perto, a gestão de diversidade envolve uma exigência complexa. Podemos destacar três, baseadas na trindade da Revolução Francesa: liberdade, igualdade, fraternidade.
O ponto de neutralidade do estado é necessário para evitar favorecer ou desfavorecer não apenas posições