Resuma da obra Macunaima
Macunaíma faz referência ao índio, à cultura brasileira e às consequências da colonização. O objetivo da obra é promover uma volta às origens por meio de uma lenda amazônica. A interpretação mais imediata é a de que Macunaíma não tem caráter porque não vive os valores da civilização ocidental, visto como um “índio negro” que seria o que a de mais inferior dentro da cultura ocidental da época das grandes colônias.
Marcada pela estética moderna, a obra contém, portanto, à volta às origens e a valorização da figura do índio verdadeiramente brasileiro, ou seja, essa perspectiva gira em torno de um primitivismo colonial da época do “descobrimento” do Brasil.
O ato de percorrer o passado atrás de uma época, que naturalmente culminará no verdadeiro “nascimento” do brasileiro, fica evidente durante toda a narrativa do livro. A caminhada rumo à busca de uma identidade constitui o elemento principal da história e é desencadeador de todo o conflito do personagem.
A obra discute de modo simbólico a representação do homem branco no papel de colonizador que impera e subjuga os outros. Ci, mãe do mato representa o processo de dominação pelo qual o Brasil passou. Mário de Andrade recorta com certo bom humor, características da nossa cultura como uma forma de discutir nossa formação como povo. O personagem é uma mistura dos povos e desta maneira sua busca incansável pelo seu amuleto, o Muiraquitã, constitui a busca pela própria identidade (“identidade brasileira”).
O autor cria também uma nova “raça”, o malandro. Deste modo, o personagem pode ser identificado como a representação do negro, do índio e do europeu, personificados na figura e nos ideais da malandragem. Então, a