RESULTADOS E DISCUSS ES
Na analise do trabalho, foi observada uma longa espera do agente sanitarista com o pulverizador ligado, no aguardo da saída dos moradores de suas dependências para dar início à aplicação naquele domicílio. Trabalhando em grupos, um dos agentes avisa ao resto do grupo a iniciação da atividade, solicitando a colaboração de todos para uma aplicação eficiente e sem maiores riscos. Outro agente passa a operar como “batedor” indo à frente do grupo para corrigir problemas freqüentes encontrados no interior das residências. Observou-se que é muito comum a ocorrência de incidentes (presença de pessoas e animais, comida exposta, etc.) chegando a situações de conflito entre agentes e moradores, o que acarreta um aumento no tempo de espera com conseqüente exposição aos agentes acima do tempo teoricamente esperado, e o desgaste dos aplicadores. O gráfico abaixo mostra a duração da exposição do aplicador ao ruído da motobomba, mostrando três situações bastante diferentes. O tempo total de duração das aplicações variou de 29 minutos na quadra 1, até 56 minutos, a pulverização mais demorada, na última quadra.
Estão representadas no gráfico, para cada uma das três situações, a somatória dos períodos em que o pulverizador está em alta rotação, isto é, o tempo de aplicação (tempo útil com o pulverizador ligado e nebulizando), assim como a somatória dos períodos em que o pulverizador está em baixa rotação, ou seja, representando um "tempo morto". Entende-se por "tempo morto" o tempo em que o agente fica parado no portão, com o equipamento nas costas, ligado e com exposição solar, no aguardo da saída das pessoas e da preparação final das residências. Tal situação revela uma variabilidade intensa no trabalho do agente e sugere a necessidade de um melhor planejamento e preparação antes de dar início à atividade de aplicação, o que, no caso, pode significar o aumento do tamanho da equipe.