Restruturação capitalista
1. O Fenomeno da Reestruturação Capitalista e a Crise dos Estados Nacionais:
Segundo um grande historiador maxista (Eric Hobsbawn), muitas vezes, a sociedade só identifica os períodos excepcionais da história justamente quando eles entram em declínio.
A Reestruturação Capitalista teve seu início a partir da crise do modo de regulação fordista/keynesianista. Mas para que possamos entender melhor a gravidade do mesmo, temos que saber sobre o modo de regulação Fordista/Keynesianista. O Fordismo, como também é conhecido, foi um modelo de acumulação que ocorreu durante os anos 1930 a 1970 e tinha como principais características: * Regulação dos mercados de trabalho: caberia ao Estado intervir, direta ou indiretamente sobre os investimentos que colaboravam para a elevação da produtividade e do consumo como acordos salariais e os direitos dos trabalhadores na produção, bem como fornecer bens públicos à população, tais como: seguridade social, assistência médica, educação, etc... alem de garantir o nível de emprego. * Rigidez nos mercados e nas alocações dos contratos de trabalho coordenados pelo Estado através da legislação específica. * Classificação dos trabalhadores em qualificados e semi-qualificados: no estilo de Taylor os operários que montavam os carros não tinham qualquer tipo de conhecimento especializado e lhes era negado o controle independente do ritmo de produção. Design, engenharia e todas as decisões referentes à produção e sua programação eram colocados nas mãos da direção. * Falta de compromisso por parte dos trabalhadores com a qualidade e a produtividade dos produtos promovendo uma crise de eficiência e, conseqüentemente, de lucratividade por causa da falta de conhecimento aprofundado sobre o processo produtivo. Para resolver isso os trabalhadores responsáveis pela gerência, tentaram contornar o problema substituindo a força humana pela maquinaria. * Salários baixos e preços elevados de