Restauro Moderno
Arquitetura e Urbanismo
CAMILLO BOITO (1834 – 1914)
Nascido em Roma, se destacou como arquiteto, restaurador, historiador, professor e teórico. Suas obras na área da Arquitetura e restauração foram classificadas como uma posição moderada entre Ruskin e Viollet-le-Duc.
Dois anos após sua graduação, em 1858, foi responsável pela restauração de uma Basília na cidade de Murano – Itália. Sua proposta de fundamentou em uma análise completa dos aspectos de composição formal, técnica e construtiva da edificação, buscando compreender a arquitetura do passado.
Defendeu por exemplo, a preservação da pátina, e a demolição dos elementos acrescentados ao longo do tempo que se diferenciavam do estilo original da construção.
Camillo se baseava em documentações, desenhos e fotografias.
Mas também seus métodos de intervenção sofreram forte influência da “restauração estilística” de Viollet-le-Duc, e, ao mesmo tempo, preserva aspectos da degradação natural das edificações como prova das marcas deixadas pelo tempo, invocando assim um certo romantismo de Ruskin.
Segundo Kuhl, Boito “concebe a restauração como algo distindo e, às vezes, oposto à conservação, mas necessário. Constrói sua teoria justamente para estabelecer princípios de restauração mais ponderados (entre Ruskin e Viollet-le-Duc)”
Boito contribuiu de forma direta para a formulação dos princípios modernos de restauração.
Ele defendia o respeito à matéria original, a reversibilidade e distinção das intervenções, o interesse por aspectos conservativos e de mínima intervenção, a manutenção dos acréscimos de épocas passadas entendendoas como parte da história da edificação, e, buscou harmonizar as arquiteturas do passado e do presente a partir da distinção de sua materialidade.
Sugeria aos restauradores que compreendessem os estilos da arte, para que interviessem nas obras do passado que estivessem mutiladas, alteradas ou arruinadas.
E que mesmo conhecimento,