ressonancia
Escrever aqui para mim não foi nada fácil, pois falar sobre minha experiência no CAPS AD é me remeter ao meu percurso no PET Saúde, e falar deste é conhecer, vivenciar, se confrontar e criar modos de perceber e atuar na rede de saúde primária e secundária.
Sinto-me lisonjeada por participar do Programa de Educação pelo trabalho, pois este se configura como um campo de atuação e experiência dos acadêmicos na área da saúde, sendo deste modo um diferencial de ter acesso aos serviços de possível atuação profissional.
Neste momento me encontro no Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e outras Drogas CAPS AD, serviço pelo qual sempre tive curiosidade de conhecer e deslumbrar, digo isso porque no início da faculdade tive a oportunidade de passar três semestres no Hospital Psiquiátrico de Messejana, neste tive a noção do que seria uma instituição total, assim como a sua transição de outros modos de serviço para os Hospitais Dias, por exemplo, a diminuição de leitos e a idéia do surgimento dos CAPS como um substituto dos Hospitais Psiquiátricos, com o apoio dos leitos nos Hospitais Gerais, sendo estas mudanças frutos da reforma psiquiátrica.
Deste então, durante o meu percurso universitário recebi influencias de que os CAPS seriam o ideal para a desinstitucionalização, reinserção social e novos modos de tratamento para a “loucura”.
Bem sabemos que os usuários de álcool e outras drogas eram tratados e tidos no mesmo ambiente das pessoas que tinham transtornos mentais não relacionados ao uso de drogas, sendo então o CAPS AD um centro de referência para a assistência e tratamento específico destes usuários.
Percebo que os serviços do CAPS AD assim como dos outros CAPS tem uma proposta de tratamento merecedora de ser aplaudida, todavia não é o que vemos na prática e no cotidiano desses centros, essa distorção do ideário dos CAPS começa com o mal uso do serviço, com os encaminhamentos errôneos, o desconhecimentos dos profissionais do devido