RESPOSTA

CASO Nº 4
COSIPA AMPLIA INVESTIMENTOS EM MODERNIZAÇÃO
Algumas empresas mudam mais do que outras. Tudo depende de muitas circunstâncias: o ramo de actividade, o produto ou serviço, o contexto, a tecnologia. As siderurgias - devido à sua tecnologia fixa e que não admite variações no produto - são exemplos de empresas que têm pouca margem de mudança nas suas operações. A Companhia Siderúrgica Paulista, Cosipa, é uma delas, e sempre foi considerada o patinho feio das siderurgias brasileiras privatizadas. Quando pertencia ao governo paulista, ela era sinónimo de cabido de emprego e, por mais de 40 anos foi uma espécie de feudo de caciques políticos.
Agora a empresa está num momento delicado de transição, diz o presidente da Cosipa. Estão sendo feitos investimentos para colocá-la na era da modernização entre as siderurgias nacionais e internacionais, visando a recuperação da competitividade e do controle ambiental. Os investimentos não visam a ampliação da produção, mas sobretudo proporcionar qualidade e redução de custos. Não se resolve problemas acumulados de 40 anos em apenas quatro anos, diz o presidente.
Quando a Cosipa foi privatizada, ela estava no seu limite de estragos. Ela não teria condições de aguentar mais de dois meses em funcionamento. Faltavam até vagões para o transporte de ferro gusa até aos fornos. O primeiro passo foi traçar um plano de emergência de curto prazo para recuperar três áreas vitais da companhia: produção, financeira e administrativa. Ao lado das ingerências políticas, Tambasco encontrou uma empresa com baixíssimo grau de produtividade, inchada de funcionários, com falta de manutenção e péssima imagem para os clientes e fornecedores. Feitos alguns ajustes de recuperação de equipamentos, eliminação de pontos de estrangulamentos, a Cosipa conseguiu no primeiro ano de operação um aumento de produção de aço líquido de 22,3%, com um volume de 3,7 milhões de toneladas. Além disso, a companhia passou a enfatizar uma melhoria na