RESPOSTA NEUROEND CRINA E METAB LICA AO TRAUMA

BRENDA MAZOLINI DA SILVA RA: 001201301897 – TÉCNICA CIRÚRGICA
RESPOSTA NEUROENDÓCRINA E METABÓLICA AO TRAUMA
1 – INTRODUÇÃO

O homem, desde suas origens, é suscetível a variados graus de traumatismos, os quais provocam efeitos no organismo capazes de levar o indivíduo a óbito. Para que isto não ocorra, são ativados mecanismos bioquímicos em resposta à agressão com o intuito de preservar a espécie. O conhecimento a respeito das alterações metabólicas após o trauma é baseado nos estudos de filósofos pioneiros das ciências biológicas, os quais procuraram identificar o que determinava a sobrevivência de alguns indivíduos e outros não, frente aos traumatismos. Dentre esses filósofos estavam Charles Darwin (1854), Walter Cannon (1919 – criador do termo homeostase), Claude Bernard (1927 – criador do conceito milieu interieur/meio interno). A integração dos pensamentos destes estudiosos define as alterações do pós-trauma como a alteração do equilíbrio metabólico do meio orgânico (homeostase), mediada pelos hormônios neuroendócrinos, com o objetivo de diante de uma situação do meio conservar a vida e a espécie.
A agressão cirúrgica desencadeia uma reação neuroendócrina e metabólica semelhante à encontrada em qualquer situação de stress ou trauma a que o organismo seja submetido. A lesão tecidual local apresenta dois efeitos principais como as alterações estruturais celulares e vasculares, acarretando a hipovolemia e a dor, os estímulos importantes na deflagração das reações metabólicas ao trauma. Em circunstâncias normais, a resposta metabólica à lesão é uma reação adaptativa e benéfica por parte do hospedeiro, direcionada para regulação fina do meio interno. Se as lesões forem prolongadas ou se sobrevier um evento secundário, tal como uma infecção, a resposta metabólica se torna destrutiva, com perda maciça de tecido do hospedeiro e comprometimento funcional de sistemas de órgãos. A resposta neuroendócrina do organismo não é única nem constante no tempo, já que