Responsabilidade social
Você pode responder o seguinte: “Meus pontos fortes são três: a sagacidade para contrabalançar a opressão da rotinização, o discernimento para não redundar e uma pertinácia não casualística. E meus pontos fracos são dois: agastamento com sorrabadores e introspecções extemporâneas.”
Caso o entrevistador dê uma gargalhada, você estará diante de uma pessoa inteligente e de uma ótima empresa para se trabalhar. Mas se o entrevistador se sentir ofendido com a sua resposta, você poderá se desculpar pela tentativa de ser engraçadinho, e explicar melhor.
Seus pontos fortes são a capacidade para contribuir além da rotina diária, a sabedoria para não falar quando não tem certeza e a vontade de superar qualquer meta que lhe for passada. E seus pontos fracos são a intolerância para com os puxa-sacos e uma tendência de se desligar de vez em quando.
Aí o entrevistador passará para a pergunta seguinte, que certamente será: “Como você se vê daqui a cinco anos?”No fim, talvez você seja contratada, mas já entrará na empresa sabendo que não terá muito espaço para exercitar a sua criatividade e nem poderá sonhar com uma promoção em médio prazo. Empresas que fazem perguntas padronizadas em entrevistas e aceitam respostas também padronizadas dos candidatos, estão procurando empregados que não têm muitas ambições na carreira.
Como conseguir um emprego não está fácil, muitos candidatos respondem não o que de fato estão pensando, mas aquilo que eles acham que o entrevistador deseja ouvir. Aí conseguem o emprego e depois ficam se lamentando porque a empresa é quadrada, o chefe é centralizador e os colegas são acomodados.
A sinceridade na hora de responder quais são os pontos fortes e fracos, e cada um sabe quais são os seus, pode prejudicar as chances de contratação em algumas entrevistas. Mas por outro lado, a falta de sinceridade poderá até render um emprego, só que o candidato estará enganando a si próprio.
Ser sincero é sempre a melhor opção. Mas cada um deve