Responsabilidade social
Os primeiros estudos que tratam da responsabilidade social tiveram início nos Estados Unidos, na década de 50, e na Europa, nos anos 60 (BICALHO, 2003). As primeiras manifestações sobre este tema surgiram, no início do século, em trabalhos de Charles Eliot (1906), Arthur Hakley (1907) e John Clarck (1916). Essas manifestações não receberam apoio, pois foram consideradas sem base socialista. Foi somente em 1953, nos Estados Unidos, com o livro Social Responsabilities of the Businessman, de Howard Bowen, que o tema recebeu atenção e ganhou espaço. Na década de 70, surgiram associações de profissionais interessados em estudar o tema: American Accouting Association e American Institute of Certified Public Accountants. Neste momento a responsabilidade social deixa de ser uma simples curiosidade e se transforma num novo campo de estudo. A responsabilidade social revela-se então um fator decisivo para o desenvolvimento e crescimento das empresas. Segundo o Livro Verde da Comissão Europeia (2001),a '''responsabilidade social''' é um conceito segundo o qual, as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo. Com base nessa suposição a gestão das empresas não pode ou não deve, ser avaliada apenas para o cumprimento de interesses dos proprietários das mesmas, mas também pelos de outros interessados como, por exemplo, os trabalhadores, as comunidades locais, os clientes, os fornecedores, as autoridades públicas, os concorrentes e a sociedade em geral. Afirma Carlos Cabral-Cardoso (2002)que o conceito de responsabilidade social deve ser entendido a dois níveis. O ''nível interno'' relaciona-se com os trabalhadores e, mais genericamente, a todas as partes interessadas afetadas pela empresa e que, por seu turno, podem influenciar no alcance de seus resultados. O ''nível externo'' tem em conta as conseqüências das ações de uma organização sobre os seus componentes externos, nomeadamente, o