Responsabilidade social da igreja
Introdução
Como agência do Reino de Deus na terra, a Igreja do Senhor (e isso significa cada cristão, inclusive eu e você) possui uma responsabilidade social. O cristão vive tanto na igreja quanto no seu mundo e tem responsabilidades para com ambos.
A tendência geral da igreja tem sido a de “eclesiastizar” seus membros, tornando-os meros cumpridores de programas ou freqüentadores de reuniões. Em geral, nossa evangelização visa “tirar o homem do mundo”, mas nos esquecemos que devemos devolvê-lo ao mundo, transformado, com novas convicções e novos padrões. Este é o pensamento que transparece em toda a carta de Paulo aos Efésios, onde o apóstolo mostra aos seus leitores que a nova vida que eles receberam em Cristo (capítulos 1, 2 e 3) os obriga a uma nova conduta perante a sociedade (capítulos 4, 5 e 6). Isto significa que a Igreja deve repensar sua atuação na sociedade, como instrumento de transformação da realidade social que a cerca.
O trato deste assunto, tem levado os crentes a se dividirem em três grupos:
1. Os que pregam um evangelho espiritualizante, sem se preocupar nem se envolver com questões sociais, acreditando que o ato simplista de “aceitar Jesus” resolverá todos os problemas do indivíduo;
2. Os que pregam um evangelho social, que se preocupa com os problemas materiais e omite a necessidade de uma conversão verdadeira, que transforme a natureza do homem;
3. Os que entendem que o evangelho modifica o homem em sua natureza, através da verdadeira conversão, para que este possa influenciar positivamente o seu mundo.
É precisamente neste terceiro grupo que queremos nos posicionar. Desejamos ser igreja que fale à alma sem se esquecer do corpo, e que cuide dos problemas sociais que afligem o homem sem perder de vista a grave realidade espiritual que o escraviza.
I – Definindo Termos
Bruce L. Shelley, em seu livro “A IGREJA: O POVO DE DEUS” (Edições Vida