Respiração tartaruga verde
Resumo
O sistema respiratório da tartaruga-verde, Chelonia mydas, é adaptado para as necessidades de atividade vigorosa (na água e na terra), mergulho prolongado e profundo, e requisitos ácido-base em temperaturas variáveis. Este animal possui pulmões complexamente subdivididos em multicâmeras com espaços aéreos em pequenos terminais através dos quais um grande fluxo de oxigênio pode passar (até 10 vezes em relação à taxa no descanso). O “apoio” das vias aéreas permite o rápido esvaziamento dos pulmões durante a respiração normal e evita o aprisionamento de gás durante o mergulho profundo. A sensibilidade à baixa inspiração de O2 e à alta inspiração de CO2 dá as bases para o controle químico da respiração. O pH sanguíneo é regulado no modelo ectodérmico usual, na variação normal de temperatura de 25-35º C (dpH/dT = -0,014U/C), mas não em temperaturas mais baixas. Este processo é realizado pelo controle da PCO2 sanguíneo pelo relacionamento entre a ventilação e a taxa metabólica.
Introdução
Tartarugas marinhas são grandes répteis que podem exercer atividade vigorosa tanto em água quanto em terra (durante a nidificação), e ainda são capazes de mergulhar por longos períodos e grandes profundidades. Estas atividades normais exigem um sistema respiratório que atenda estes diversos requisitos e responda às mudanças de demandas impostas por elas. Porque estes animais respiram ar e tem, provavelmente, pouca respiração cutânea (talvez quando filhotes), a atenção deve ser voltada para os pulmões e suas propriedades fisiológicas.
Neste artigo, revisaremos entendimentos atuais da função pulmonária nas tartarugas marinhas, no contexto do comportamento normal dos animais. Estes trabalhos são específicos e não devem ser considerados para outros répteis.
Na respiração, difere-se dos demais répteis, porque o desenvolvimento da carapaça redundou na fixação das costelas. Respira através do movimento de