Resolução de Caso - Banco Garantia
1. Introdução
Fundado em 1971 por Jorge Paulo Lemann, O Garantia era inicialmente uma pequena corretora, apenas em 1976, após a tentativa de compra pelo JP Morgan o Garantia se torna um banco de investimento. O banco de investimento Garantia havia apresentado excepcional lucratividade, acumulando, ao final de 1996, um patrimônio líquido de US$ 550 milhões. Apesar do seu enorme sucesso, o futuro do banco era incerto. Assim como o banco norte-americano Goldman Sachs, o Garantia era uma empresa fortemente embasada em meritocracia e possuía o caráter de partnership, isto é, após certo tempo na empresa, pessoas de alto desempenho tinham a possibilidade de se tornar sócios, com base nos próprios lucros gerados e distribuídos na forma de pagamento variável. Mas os sócios começavam a ponderar se esse modelo era adequado em um contexto em que o banco deveria crescer para enfrentar a concorrência. Uma decisão crucial, ao final de 1997, deveria ser tomada. 2. Objetivos
Uma boa parcela das Professional Service Firms (PSF) é estruturada em forma de partnership ou outras formas semelhantes. A estrutura é piramidal: apenas uma pequena proporção dos profissionais consegue chegar a partner ou posição equivalente (na maioria dos grandes bancos de investimento, hoje estruturados como corporations, essa posição é a de managing director). Para os sócios, a recompensa financeira é enorme, tão maior quanto maior for a rentabilidade do negócio e mais apertado for o funil. Se isto atrai os melhores e mais brilhantes, no entanto, é de se esperar que, com o funil estreito para que cheguem a sócios, muitos profissionais competentes vão ficar pelo caminho e, provavelmente, deixar a firma. Assim, a firma perderia talentos que, em princípio, não gostaria de perder. O principal problema das PSF é como administrar esse processo de forma consistente com seus valores e sua cultura, procurando selecionar os melhores, mas dentro de uma forma agregadora e