Resiliencia e estabilidade dos sistemas ecológicos
Pesquisa IV
Lucas E. Mota
Referência: Crawford, Stanley, HOLLING. Resilience and
Stability of Ecological Systems. Annual Review of Ecology and Systematics, Vol. 4 (1973), pp. 1-23. URL: http://www.jstor.org/stable/2096802 SÍNTESE:
O autor comenta duas visões distintas de como se pode analisar os comportamentos de um sistema ecológico. Uma das visões é a quantitativa, onde se propõe que o comportamento do ambiente é conhecido e previsível, e quando não age desta forma (ou quando oscila entre estabilidades), logo se mede o tempo e amplitude de oscilação. Esta visão é mais relacionada com o que já se fazia na ecologia até então. A outra visão é qualitativa, não se concentra na quantidade de organismos, quantidade de relações, flutuações e a do tempo entre elas, mas sim se essas relações/organismos/flutuações existem. Parte do princípio que não se conhece o sistema, se “admite a ignorância” e então sabe que se lida com sistemas não-lineares que sofrem com situações inesperadas. Ao longo do artigo vai definindo novos aspectos a estas duas visões, mas para isso cita alguns exemplos de ecologia, onde cada visão é aplicada, e explica a utilidade de cada uma. Quando se aprofunda em estudos de caso real, onde as relações ecológicas são mais complexas, começa a conceituar verdadeiramente cada visão. Apresentando domínios de atração para cada um dos tipos possíveis de relações que um sistema
ecológico possui, mostrando onde cada visão se situa no mesmo domínio
(demonstrando aí, uma inter-relação entre os conceitos). O autor demonstra a relação das duas visões, como são opostas, porém necessárias quando analisamos um ambiente. Apenas que a primeira visão se relaciona mais com o conceito de Estabilidade (e já era herdado da
Física Clássica, porém não era uma análise completa de um sistema, como se acreditava) e a segunda visão tem o nome de Resiliência, uma visão onde não se foca no centro da