Residuos quimicos em alimentos
Theodore Schultz um dos mais fortes teóricos de economia agrícola, não via diferenças substantivas na capacidade de geração de renda entre esta e o restante da economia, desde que se promovesse um intenso e permanente processo de substituição de fatores de produção na agricultura. Era preciso pois, promover um conjunto de inovações no seio da produção no campo. Essas inovações deveriam ser tanto tecnológicas quanto institucionais e organizacionais. A ruptura do “tradicionalismo” na agricultura, especialmente nos países pobres, dependentes de uma agricultura tradicional, passaria, necessária e inescapavelmente, por um processo objetivo de inovação. Neste ponto, Schultz não se preocupou meramente com a ideia de modernização ou de introdução de novas tecnologias, era mais do que isso, a agricultura, para ser uma atividade rentável no seio de uma economia dinâmica, necessita de uma extensa e complexa estrutura produtiva de fornecedores de insumos, equipamentos e “conhecimento”. Só assim poder-se-ia, na visão deste autor, transformar a agricultura tradicional em uma agricultura dinâmica e geradora de riquezas. Schultz, conscientemente ou não, deu com suas ideias um dos mais fortes argumentos àquilo que mais tarde ficou conhecido como Revolução Verde.
Schultz só não mensurava os agravos que essa transformação iria gerar na saúde pública. Com o crescente aumento da população mundial, acompanhado do desenvolvimento tecnológico e do êxodo rural, alguns fatores têm acarretado desvantagens ao ecossistema, dentre eles está a competição existente entre as atividades do sistema urbano, agrícola e pecuário, diminuição das áreas apropriadas ao cultivo agrícola, o maior uso de produtos químicos em áreas de cultivos. A segurança alimentar se tornou um tema de suma importância, isto inclui o direito de consumir produtos considerados seguros a saúde. Algumas substâncias como agrotóxicos, medicamentos veterinários e metais pesados, são capazes de interferir na