Residuos hospitalares
Osório, agosto de 2006
PLANO DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DA SOCIEDADE BENEFICENTE SÃO VICENTE DE PAULO MUNICÍPIO DE OSÓRIO – RS.
1. INTRODUÇÃO O INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE, através de uma pesquisa de abrangência nacional sobre o sistema de saneamento básico (serviço de água, esgoto e lixo) no Brasil, realizada em mais de onze mil entidades ligadas ao saneamento público, constatou a falência deste sistema. Entre os dados mais preocupantes, o IBGE mostrou que 92% dos municípios brasileiros não realizam qualquer tratamento de esgoto, apesar da exigência constitucional. Em relação ao lixo sólido, nada menos que 75% de todo o lixo coletado no País é despejado a céu aberto, sem qualquer cuidado ou tratamento nos chamados lixões ou vazadouros. Quanto aos resíduos de serviços de estabelecimentos de saúde, 45% dos municípios não possuem sequer a coleta especial, sendo misturados ao lixo doméstico, e somente 6,4% dos resíduos coletados, são destinados adequadamente. As conseqüências deste descaso, podem ser comprovadas através de dados da SECRETARIA NACIONAL DE SANEAMENTO, demonstrando que 80% das doenças que afetam a população e 65% das internações hospitalares, são causadas pela precariedade do saneamento básico. Especificamente, em relação aos resíduos de serviços de estabelecimentos de saúde, seu grau de periculosidade é multiplicado pela presença descontrolada deste tipo de lixo, nos vazadouros a céu aberto, focos de contaminação mais perigosos do que se possa supor. É conveniente ressaltar que, os microrganismos patogênicos encontram na massa de resíduos, condições ótimas para seu crescimento, pois, neste ambiente suas exigências vitais de abrigo, alimentação e água são plenamente satisfeitas. Desta forma, é importantíssimo evitar que os microrganismos tenham acesso ao ambiente ou ao homem, que em última