Resenhas: Como se constituiu no Brasil a Rede de Cidades

Resenhas: Como se constituiu no Brasil a Rede de Cidades
DEFFONTAINES, P. (1959) – Bulletin de La Societé de Géographie de Lille – n. 9 – Lille
Itens abordados:
“O isolamento, criador das cidades” – página 299;
“Os patrimônios leigos” – página 302
O isolamento, criador de cidades
Neste tópico, usando o raciocínio voltado à tipologia da criação das cidades, Deffontaines aborda sobre os tipos de cidades criadas no Brasil, as quais surgiram a partir das aglomerações originadas da própria circulação de pessoas. Neste contexto, o Brasil possui uma característica própria de criação, onde a cidade nasce principalmente de uma reação contra o isolamento, ou seja, da necessidade de se ter uma vida social e de romper a monotonia da solidão. Então, para Deffontaines, as cidades foram criadas mais por necessidade de socialização, do que por qualquer outro motivo econômico ou político.
A cidade é um espaço de trocas materiais, o lugar mais favorável à produção e distribuição dos produtos agrícolas e industriais e, enfim, ao consumo de bens e serviços mais diversos. Entretanto, não foi tanto por necessidade econômica que se constituíram muitas cidades, mas sim pela possibilidade de se viver em um local agradável, favorável à realização de atividades sociais.
Desta forma, a cidade se originou possuindo basicamente uma igreja e uma praça. A igreja assumiu um papel fundamental na vida social da população das cidades. Além do seu papel ligado à cerimônias religiosas, ela também é o local de encontro social dos habitantes locais, através das missas, casamentos, enterros, festas de padroeiros, etc.
Da mesma forma, a praça é um espaço planejado e marcado para a vida pública das cidades, lugar público acessível a todos os transeuntes, em cujo entorno visualizam-se moradas, casas comerciais, e que serve de ponto de encontro entre as pessoas da cidade.
Finalmente, o autor tenta fazer o leitor a compreender que a cidade é, portanto, um espaço físico ocupado e organizado para