Resenha do texto “Das Práticas Corporais ou porque “Narciso” se exercita” - publicado na Revista Brasileira de Ciência do Esporte, escrita por Ana Maria Silva, licenciada em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina, descreve os cuidados excessivos com o corpo nos dias atuais onde a única preocupação é estar em forma em busca de um padrão de beleza imposta pela mídia. Aponta a modernidade como o momento mais importante no processo de separação do ser humano e a natureza, assim como o interesse do sujeito pelo próprio corpo agravado pelo capitalismo e sua ideologia, o Liberalismo. A autora faz uma perspectiva histórica das relações estabelecidas com o corpo desde a Grécia antiga até a sociedade atual, ressalta a importância dada à eugenia e ao higienismo muito divulgado pela nova ciência. Destaca a influência da Medicina aos Métodos Ginásticos na sociedade e a compreensão que o indivíduo passa a ter de si mesmo e de sua finalidade de existência. Na Grécia antiga a filosofia conhecida como “estética de existência” visava o equilíbrio corporal relacionado à harmonia da alma, isto é, o desenvolvimento pleno e harmônico do ser humano. A busca pela felicidade era individual e eram traçadas de acordo com as decisões tomadas ao longo da vida. No Cristianismo por volta do séculos VII os dogmas religiosos encobrem o corpo. No Feudalismo a relação com o corpo esta coberta de preconceitos e a preocupação é afastar o corpo das coisas da alma. Somente a preparação militar e os jogos de guerra eram incentivados como demostração do espírito que predominava na época. Acredita-se que o mundo é regido por leis imutáveis acima do homem. Na Renascença observa-se um novo modelo de valorização do corpo, o abandono da armadura e a valorização do vestuário. O corpo adquire outros valores. No século XVIII, o corpo serve como manequim. Havia uma preocupação em vestir para estar em público e a roupa servia para estabelecer as diferenças sociais. Na França e na