RESENHA – FILME: A REVOLUÇÃO DOS BICHOS O filme “A revolução dos bichos”, embora faz uma analogia a trajetória política da União Soviética, sendo uma fábula com muitos temas, os quais podem ser aproveitados em qualquer lugar, como também em qualquer época, tais como: o sofrimento, a ganância, a corrupção pelo poder, o controle da mídia e da propaganda (representadas pelo porco Garganta) sobre nossas vidas, as ideologias, entre vários outros fatos representados. Assim, o filme de maneira metafórica trata a questão do poder político com um cunho atemporal não deixando o leitor sair intacto diante das personagens e do cenário expostos dentro de uma linha imaginária primorosa. Desta forma, os dilemas políticos são retratados na Granja do Solar, local onde o proprietário, Sr. Jones, cria animais e tem espaço para o plantio e a pastagem. Os animais sofrem maus-tratos por parte do proprietário e dos empregados, sendo que Jones é visto como cruel, mas há consciência por parte dos animais do mundo humano e do mundo animal, onde os animais devem servir de várias formas aos propósitos do Homem. O personagem revolucionário é o porco “Major”, em que o mesmo tem um sonho e propõe uma mudança radical da estrutura política e social do universo dos animais, onde eles gozariam de direitos até então inimagináveis dentro daquela realidade, promovendo o bem-estar comum, sem a interferência do Sr. Jones. Entre os animais, as figuras políticas de destaque são os porcos, por se manterem no poder e legitimarem a sua política desigual em nome da Revolução dos Bichos. Confusão e angústia se misturam no cotidiano da granja com as contradições do regime político comandado por Napoleão, porém alguns animais se apresentam como massa de manobra, entre eles o cavalo Sansão, literalmente como figura do idiota útil, que não questiona os atributos e os sacrifícios propostos pelo governo suíno, se conformando em