Resenha
da fala de Mário Sérgio Cortela
A idéia de infância e a sua escola
A referência para esta discussão é o importante historiador francês Philippe Ariés que organiza o entendimento histórico da criança por meio de três identidades: Ø Primeira identidade – Criança - adulto ou infância negada – séculos XIV, XV. Ø Segunda identidade – Criança-filho-aluno ou a criança-institucionalizada – séculos XVI, XVII. Ø Terceira identidade – Criança-sujeito social ou sujeito de direitos – séculos XX.
Primeira identidade
Philippe Ariés foi buscar nas artes e na literatura da época
medieval a idéia que prevalecia sobre a criança e a infância. Afirma, ainda, o autor, que as crianças eram desenhadas como o adulto em escala menor, com músculos e feições de adultos.As crianças morriam em grande número pelas precárias condições de higiene e saúde. Esta mortalidade infantil era considerada natural, talvez porque se acreditasse que a criança pequena não tinha “alma”. Sobre a prática do infanticídio na Idade Média, assim nos ensina Ariés (1978, p.17): “ O infanticídio era um crime severamente punido. No entanto, era praticado em segredo, sob forma de um acidente: as crianças morriam asfixiadas naturalmente na cama dos pais, onde dormiam. Não se fazia nada para conservá-las ou para salvá-las, , tornando-se um infanticídio tolerado.
As pessoas se divertiam com a criança equena como com um animal de estimação, um sentimento superficial, “ a paparicação”. Ainda sobre a “paparicação”, podemos dizer que atualmente tem-se um tanto deste sentimento,pois muitas escolas de Educação Infantil guardam referência a esta criança relacionada a um animalzinho de estimação, um mimo dos adultos. Isto percebe-se através dos nomes