RESENHA
Luiz Gustavo Rodrigues Queiroz1
A obra inicia-se com algumas considerações do autor, que são intituladas de primeiras palavras. A mesma encontra-se dividida em quatro partes contemplando: I) a mitologia do preconceito linguístico, II) o circulo vicioso do preconceito linguístico, III) a desconstrução do preconceito linguístico e o preconceito contra a linguística e IV) os linguistas.
Quando menciona as “primeiras palavras” Bagno trás considerações sobre a linguística mencionando seu contexto político, que leva em consideração as pessoas que falam, ou seja, os seres humanos. Menciona também que “O preconceito linguístico está ligado, em boa medida, à confusão que foi criada, no curso da história, entre língua e gramática normativa” (BAGNO, 2007, p. 9). Nesse sentido, o autor tenta nas outras seções do texto, desfazer tal pensamento através de seu estudo e reflexões.
Na primeira parte que trata sobre a mitologia do preconceito linguístico, Bagno menciona que o preconceito linguístico é alimentado diariamente por muitos meios de comunicação. O primeiro mito diz: “a língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”, mencionando que “Esse mito é muito prejudicial à educação porque, ao não reconhecer a verdadeira diversidade do português falado no Brasil, a escola tenta impor sua norma linguística como se ela fosse, de fato, a língua comum a todos [...]” (BAGNO, 2007, p. 15).
O que se percebe são uma diversidade e variedade de, seja por conta da extensão territorial, seja pelas diferenças de status sociais, ocasionada pela diferente distribuição de renda no Brasil. O autor ainda menciona que “Felizmente, essa realidade linguística marcada pela diversidade já é reconhecida pelas instituições oficiais encarregadas de planejar a educação no Brasil” (BAGNO, 2007, p. 18).
“Brasileiro não sabe português/ só em Portugal se fala bem português”. Este é o