Resenha
A autora mostra como a fase contemporânea de internacionalização do capital, vem levantando questões sobre o poder do estado no processo econômico, a amplitude de suas ações e os diversos interesses em questão. Destaca as críticas ao Estado Nacional, e as acusações de ineficiência de suas ações, num discurso inicialmente entendido como ideológico, mas de suma importância no processo de mudança no sistema capitalista. A autora considera o Estado uma instituição fundamental para o desenvolvimento do capitalismo, além de ser um instrumento de repressão, sendo que, alguns questionamentos foram feitos em relação à utilidade do Estado para as classes capitalistas, porém, em sua defesa restavam a esquerda ortodoxa e social-democrata, que argumentam uma vocação do Estado para a promoção do “Bem Estar Social”. Em contra partida o Estado praticou ações brutais contra o proletariado, que afirmavam sua autonomia política e social em relação ao sistema capitalista. A autora afirma que a forma de organização do trabalho no capitalismo é uma forma de exercício de poder dos capitalistas sobre os trabalhadores, não existindo nenhuma proposta para dar autonomia ao trabalhador que altere essa realidade, ao contrário, desenvolve-se formas de manter o exercício do poder dentro e fora dos locais de trabalho. Enfatiza um Estado detentor do poder, manipulador, que legisla e exerce a violência, dividindo essa atribuição com o empresariado, através da exclusão social e do desemprego, sendo que as empresas não são integradas aos processos econômicos, ficando o Estado Nacional incumbido de várias atribuições relacionadas à infra-estrutura materiais e sociais. De acordo com a autora, ao final do século XIX com o “recrudescimento das lutas sociais” essa situação