Resenha

CORRÊA, Roberto Lobato, 1939 - Região e Organização espacial – 8ª ed. – São Paulo: Ática, 2007. Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1961), Certificado de Geografia Humana e Economia pela Universidade de Strasbourg,- França, (1965), Master of Arts, Departamento de Geografia, Universidade de Chicago- Estados Unidos (1974), Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999). A obra aborda uma discussão sobre os conceitos de região e organização espacial, devido sua complexidade no estudo do espaço geográfico, sendo os dois conceitos fatores particulares ao ramo da geografia, dissociando-a das outras ciências sociais. Na primeira parte do livro, trata-se de uma análise das diversas teorias geográficas e as perspectivas de seus conceitos ao longo de diferentes caminhos percorridos. No final do século XIX, a teoria determinista da Escola Alemã de Geografia surge como o primeiro paradigma estabelecendo uma relação entre o comportamento humano e a natureza, sendo que as condições naturais determinariam o comportamento do homem, interferindo na sua capacidade de prosperar. Reagindo ao determinismo alemão, surge o possibilismo na Escola Francesa de Geografia, caracterizando-se por ser o homem o principal agente geográfico e a natureza mera fornecedora de possibilidades para o homem. Contudo, tanto o determinismo quanto o possibilismo faziam as diferenciações das áreas a partir das análises entre o homem e o meio. Opondo-se às duas vertentes anteriores, consolidou-se o método regional como o terceiro paradigma da geografia, onde se utilizou o método geográfico para se identificar as diferenciações de áreas, resultante de uma integração de uma natureza única de fenômenos heterogêneos, tornando assim, a geografia uma ciência de síntese. A nova geografia nasce sob forma de crítica aos conceitos derivados do determinismo e possibilismo. Fundamentada no positivismo