Álvaro, J.L. & Garrido, A. (2007). Psicologia Social: Perspectivas Psicológicas e Sociológicas. São Paulo: McGraw-Hill. O contexto histórico que envolve o marco da psicologia social como disciplina se inicia em meados do século XIX, quando diversos caminhos da psicologia social foram surgindo e continuaram em aberto até o século XX, que foi quando a disciplina se consolidou como independente. O capítulo dois do livro visa compreender como a psicologia social se consolidou como independente, com seus traços de pluralidade teórica e metodológica. Esse processo começou com Völkerpsychologie de Wilhelm Wundt, na Alemanha, e se desdobra até George Mead e seu interacionismo simbólico. As duas primeiras partes do capítulo analisam a forma que a psicologia social se diferenciou e se tornou autônoma da psicologia e da sociologia. No contexto da psicologia, Wundt propôs dois modos de estudo da psicologia: a psicologia experimental e a Völkerpsychologie, cujo objetivo era o estudo de processos mentais superiores e foi considerada um dos antecedentes da psicologia social por expor a ideia de que existe uma intima relação entre mente e cultura. Essa abordagem foi ignorada e alvo de diversas críticas e, assim, teve influencia limitada no desenvolvimento inicial da psicologia social. No início do século XX surgiu a Gestalt como critica ao enfoque analítico da psicologia experimental de Wundt. Os psicólogos da Gestalt se opuseram a psicologia de Wundt por acreditarem em uma psicologia da totalidade, que analisasse a experiência como um todo. Diferente da psicologia de Wundt que considerava que o objeto de estudo deveria ser a consciência, mediante estudo de elementos mais simples das sensações e sentimentos. A Gestalt se opôs também ao sensacionalismo empirista e introduziu, no campo da percepção, o conceito de campo, procedente da física; além disso foi introduzida a ideia de insight como mudança abrupta no comportamento precedida de completa reestruturação do campo, ou seja,