RESENHA

RESENHA: ETICA A NICOMACO

De inicio é preciso salientar que as obras de Aristóteles – com exceção da
Constituição de Atenas – que chegaram até nós, são na verdade a reunião de notas para cursos e conferências do filósofo, ordenadas inicialmente por alguns de seus discípulos e posteriormente, de forma mais sistemática, por Andronico de Rodes (c.
60 a.C.). Ética a Nicomaco está entre essas obras.
A Ética aristotélica continua, ainda nos dias atuais, sendo base fundamental para o pensamento humano.

Essência, qualidade, quantidade, relação, lugar,

tempo, situação, o ter, ação, e paixão são, para o filósofo, o que compõe a identidade do ser. Além disso, para ele a ciência do ser tem um objeto real, a essência. Em sua época, Aristóteles, foi o único a diferenciar a ética da política; a primeira estaria focada na ação voluntária e moral do ser humano, enquanto que a segunda estaria centrada nas vinculações do individuo para com a comunidade.
O filósofo já no inicio de sua obra diz que o ser humano deve guiar sua investigação sobre o bem, não a partir de suas conclusões, mas sim sobre o que também se costuma dizer de maneira geral a seu próprio respeito, pois com uma opinião verdadeira os fatos se reconciliam, e com uma falsa, os fatos demoram a se chocar. Alguns homens, para o autor, encontram a felicidade com a fortuna, enquanto outros a descobrem com a virtude. A felicidade é caracterizada como a melhor e mais nobre coisa do mundo, e o objetivo final da virtude parece ser encontrar a melhor coisa do mundo. Assim como a virtude e a felicidade, para
Aristóteles, o objetivo final da vida política é fazer com que os cidadãos se tornem bons e aptos a realizar boas ações.
Além disso, como a política se utiliza das demais ciências, esta ainda legisla sobre o que é de nossa responsabilidade – fazer e abster. Aristóteles destaca que os jovens não são bons ouvintes de aulas sobre ciência política, pois estes não têm experiência dos fatos da vida, e é em volta de tais fatos que