resenha
CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS - CCSo
HOTELARIA - VESPERTINO
SILVESTRE COSTA
CULTURA POPULAR MARANHENSE
Resenha apresentada ao curso de Hotelaria pela Universidade Federal do Maranhão, como requisito; para obtenção da 3ª nota do Bimestre.
Prof. Carlos
São Luis
2014
Resenha
Corpo e estética no Bumba-Meu-Boi
O folguedo do bumba-meu-boi tem varias particularidades, como o dançar. Mas os brincantes dançam por quê? Relatos dos próprios brincantes podem responder tal questionamento, “quando danço expresso e comunico a minha singularidade e a singularidade da cultura, as inscrições do mundo tatuadas em meu corpo transformam-se em movimento...” Pode-se dizer também que o ato de dançar, permiti-lhes que saião da rotina do cotidiano.
Por essa experiência expressa nessa celebração, nessa dança, eles buscam suprir uma outra necessidade a de viver em toda a plenitude, se sentir um ser no mundo, experimentar o valor do belo, manifestar melhor sua condição humana, quase uma libertação. Para Merleau-Ponty, o corpo quando se movimenta, se reorganiza, informa-se sobre o meio ambiente, ao mesmo tempo, que informam-se sobre se mesmo. Os brincantes quando dançam, inscrevem em seus corpos histórias, memórias e as comunicam consigo. Assim, o dançar do bumba-meu-boi não é apenas colocar o corpo para se mexer, como uma maquina, é uma expressão que tem um “ar” simbólico, tem uma alma.
O folguedo do bumba-meu-boi deve ser encarado como uma arte, que descentraliza, distende, abre caminhos para novas relações, ou seja, expande o conhecimento da cultura. Por essa afirmação que não se pode para o Bumba-meu-boi com um olhar objetivo, analítico, mas sim, um olhar que busca uma obra de arte, flutuar sobre a mesma, inspecioná-lo, sentir seu movimento.
Como exemplo disso o autor do texto, traz uma interessante experiência vivida em meio ao Boi da Liberdade, no qual ele presenciou o empenho dos brincantes em participar da festa, não só como um