RESENHA

LIBRAS: que língua é essa?

A comunicação é uma necessidade humana, e as linguagens oral e escrita são as formas mais comuns de comunicação. Por isso, pode-se dizer que a linguagem é natural do ser humano e, através da linguagem, o ser humano estrutura seu pensamento, traduz o que sente, registra o que conhece, se comunica com os outros, produz significação e sentido. Essa necessidade se estende aos surdos, que se utiliza da língua de sinais para se comunicar.
Partindo-se do pressuposto que, tanto no Brasil como em qualquer outro lugar do mundo, a língua, seja ela oral, escrita ou de sinais, possui suas especificidades e singularidades, pode-se afirmar que a língua dos sinais não é universal, pois diversos fatores levam a diversificação e a mudança da língua dentro de uma comunidade linguística, dessa forma não podemos confundir esta língua com o Gestuno, que é uma língua de sinais universal utilizada em convenções e competições em todo o mundo.
Ora, se em cada país a língua oral e escrita possui suas diversidades gramaticais, a de sinais não seria diferente, diante de estudos destaca-se três parâmetros que constituem-se os sinais: configuração de mão, ponto de articulação ou locação e movimentos. Portanto, a comunicação em libras se dá através de sinais manuais e não manuais, cuja configuração segue “gramática” específica: a posição e movimento da mão, o ponto de articulação do sinal isto é, no corpo ou espaço de sinalização e as expressões faciais ou corporais. Essa afirmação nos leva a concluir que a língua de sinais não é uma língua ágrafa, embora, exista nos Estados Unidos, desde 1974, um sistema de escrita para promover a alfabetização, conhecido como SignWriting, este foi introduzido no Brasil apenas em 1996.
Sendo assim, essas línguas são similares em seu nível estrutural, ou seja, são formadas a partir de unidades simples que combinadas formam unidades mais complexas. Vê-se então, que a língua de sinais tem todas as características de qualquer