Resenha
Aluno: Nikolas Lucena KieferGeografia da Mundialização
Professor: Igor Torres
Universidade Federal de Minas Gerais
O autor do livro “A Produção Capitalista do Espaço”, David Harvey, debruça no quinto capítulo do supracitado livro sobre alguns conceitos que ele considera fulcral para o entendimento do capitalismo no século XX. Sob um olhar Marxista, ele aborda as contradições capitalistas, sobre o necessário para o desenvolvimento desse modo de produção, e, por fim, a espacialização do capital, que atingiu velocidade e dispersão vertiginosos no período estudado.
Para compreendermos Harvey, é preciso entender o básico de Marx, Engels (segundo o próprio autor) e do Capitalismo. Deste, podemos compreender que a reprodução das mercadorias depende da circulação de capital, visando o lucro. Para isso, a Mais-Valia sobre o trabalho vivo é fulcral, uma vez que o valor da matéria-prima tem que ser relativamente constante, pois todos os capitalistas individuais (donos da produção) têm que prosperar. Se a circulação de capital não for suficiente para a obtenção de lucro, o caos será trazido à tona. Para o lucro se garantir, deve-se garantir, pelo menos, a “criação de infraestruturas sociais e físicas”. Harvey ainda cita 10 pontos vitais na obra de Marx, dentre eles estão:
- Crescimento acima de qualquer coisa.
- Conceito de Mais-Valia
- Conceito de Classes e luta entre elas
- Absorção de excedentes (força de trabalho e capital)
Com isso, Harvey discorre sobre a importância do crescimento no capitalismo, permeado nos conceitos de infraestruturas, circulação de capital, absorção de excedentes e reprodução da força de trabalho. A crise é intrínseca ao capitalismo, uma vez que a necessidade de crescimento e progresso é maior que os limites de circulação do capital, e se a capacidade de produção de absorção de excedentes não for suficiente, a crise está instaurada. É nesse antagonismo que o básico de tal