Resenha

Patrícia Pereira da Silva
Livro de Violeta Loureiro
Amazônia no Século XXI – novas formas de desenvolvimento
Resenha sobre o Cap. 3 – A Amazônia das “modernas” commodities
No livro Amazônia no Século XXI novas formas de desenvolvimento a autora Violeta Loureiro ressalta que o crescimento da produção das commodities, exploradas de forma altamente predatória mesmo nos empreendimentos siderúrgicos ditos “modernos”, tem acarretado algumas conseqüências graves. A mais visível é a extração de madeiras que antecede a formação de pastos em áreas de floresta nativa e a produção de carvão vegetal para siderúrgicas. A produção do carvão vegetal se dá pelo fato das madeireiras não buscarem outras formas de alimentar as suas siderúrgicas, vê a floresta como um produto que tem demais na prateleira de um supermercado e que o mesmo faz para bem para a saúde, onde todos querem comprar. Os grandes produtores de soja e gado – os primeiros principalmente, e em particular, no estado de Mato Grosso -, além de utilizarem terras próprias, costumam arrendar de pequenos grupos agrícolas. Faz isso como por achar que estes pequenos grupos não têm uma auto-suficiência, autonomia de gerar produtos em grandes proporções. Entende-se que os produtores maiores por locar os lugares dos pequenos grupos agrícolas fazem-se acreditar por um “desenvolvimento” mais vertiginoso. Outra conseqüência da corrida por novas terras é o retorno, agora frequente, da fraude de papeis de grilagem de grandes extensões de terra, especialmente da terra pública. Essas pessoas quando se deparam como uma terra intacta no meio do nada se busca mais é tomar a qualquer custo e produzir, desmatar para plantar soja. Por produzir documentação falsa acabam por conseguir ficar com as terras e adentrar nelas sem nenhuma intervenção. Mais do que nunca em sua história recente, as populações tradicionais – índios, negros de quilombos, pescadores artesanais, ribeirinhos, etc. – tem sido ameaçados pelo avanço da nova