Resenha
Primeiro, o homem é um ser essencialmente mutável, um verdadeiro ator que age de acordo com a peça. E isso é que traz dificuldades em separar o constante (natural) e o mutável (convencional) e os padrões culturais dos mesmos.
Definir o homem no emaranhado de padrões culturais, é fragmentá-lo em camadas (sociais, religiosas, psicológicas, etc), onde cada uma possui uma característica cultural própria da vida humana e é irredutível em si. Além disso, há também que se avaliar um possível “padrão cultural universal” que muitas vezes vem de “universais falsificados” (por exemplo: o casamento e o comércio).
A tentativa da interligação entre as ciências culturais com as não-culturais (biologia, por exemplo), não passa de um mero paralelismo, que trás suposições de conceitos e avaliações do homem e deixa ainda a questão sobre se tais universais possibilitam elementos para definir o homem. Porém, são essas questões que trazem (ou pelo menos tentam...) alguns pontos fixos para que os antropólogos tracem relações sistemáticas entre diversos fenômenos.
Com essa linha, o conceito de cultura como conjunto de tradições e hábitos é deixado de lado e têm-se a cultura como mecanismos de controle do(s) comportamento(s), definindo que o homem precisa de tais fontes simbólicas para orientar-se.
Depois de seu desenvolvimento e evolução genética, o homem passa a desenvolver-se culturalmente. Mesmo passando de um progresso primeiro para um progresso segundo, e até transformando algumas características genéticas em culturais (como a diferença entre o “sorrir” e o “sorrir ironicamente”) o homem é, foi e sempre será um