Resenha
Jussara Hoffmann em sua obra “Avaliar para Promover”, propõe a valorização da dimensão social e política da avaliação por acreditar que esta seja uma prática compatível com uma educação democrática. Dessa forma, a autora abre o debate sobre a concepção de uma avaliação mediadora, voltada para uma ação pedagógica reflexiva, ou seja, uma avaliação que valorize a observação permanente das manifestações de aprendizagem para proceder a uma ação educativa que otimize os percursos individuais. Dentro desta proposta o professor assume o papel de investigador, de esclarecedor, de organizador de experiências significativas de aprendizagem. Seu compromisso deve ser o de agir refletidamente, criando e recriando alternativas pedagógicas adequadas a partir da melhor observação e conhecimento de cada um dos alunos, sem perder a observação do conjunto e promovendo sempre ações interativas. Na avaliação mediadora o objetivo principal não é o de classificar o aluno, medindo seu grau de aprendizagem, mas sobretudo, dar subsídio ao professor e à escola no sentido de promover uma melhor compreensão dos limites e possibilidades dos alunos, que deverão orientar ações subseqüentes para favorecer o desenvolvimento, e a evolução da aprendizagem dos educandos. Esta prática avaliativa deve ser direcionada para o futuro, promovendo um acompanhamento atencioso e compromissado, em todas as etapas vividas pelo estudante para ajustar, no decorrer de todo o processo, estratégias pedagógicas. O professor deve ter a clareza de que todas as crianças e jovens estão sempre em processo de aprendizagem. Dentro dessa perspectiva, as ações avaliativas podem ser exercidas como pontes em seu trajeto ou como pontos fixos de chegada, favorecendo ou interrompendo este processo natural de sua vida. À medida que se concebe a avaliação como um compromisso de futuro, o olhar para trás deixa de ser