Resenha

Resenha do livro: O menino do pijama listrado

Um livro bem comovente, “O menino do pijama listrado” do autor John Boyne, revela através do olhar inocente de uma criança alemã e de uma criança judia os horrores praticados pelos nazistas durante a segunda guerra.
O menino do pijama listrado conta a história da amizade entre Bruno, filho de um comandante da elite nazista, diretor de um campo de concentração, e Schmuel, um menino judeu prisioneiro neste campo. Os dois tem nove anos e até antes da insensatez da guerra, levavam vidas muito parecidas, o que fica claro pelos contrastes sutis nos diálogos das crianças e na própria realidade do campo e da casa de Bruno. O campo aliás, só aparece descrito com contornos indefinidos, visto pelos olhos de Bruno, que a princípio, acredita que o local visto da janela de seu quarto é uma fazenda onde vivem fazendeiros estranhos, que passam o dia vestindo pijamas listrados. A dureza do lugar é revelada aos poucos, quase como um jogo de esconde-esconde, em que Bruno compreende a natureza do trabalho de seu pai.
Não é um livro contando detalhes da guerra, e sim o drama sofrido por pessoas que participava diretamente e indiretamente dela.
Os diálogos do livro são puros e inocentes, assim como a conversa de uma criança da mesma idade dos protagonistas.
É um livro que embora seja curto, após a leitura deixa uma reflexão sobre os tempos de guerra, sobre quantos meninos iguais a Bruno e Shmuel, não sofreram com tudo isso, sem nem ao menos entender o porque de tanto ódio e violência. E o mais importante é o sentimento de amizade, que mesmo em tempos de guerra, entre “os contrários” como eles mesmo dizem, é maior que