Resenha
O texto intitulado “O que é história” e “Considerações sobre a epistemologia da História” do autor Gustavo Adolfo d’Almeida Lôbo, professor do Curso de História da Universidade Estadual do Ceará, incita no leitor alguns questionamentos e reflexões.
Qual seria o objeto da história? Quais as discussões sobre objetividade e subjetividade na construção do conhecimento? Poderíamos pensar numa história objetiva?
Para o autor, a história, como um ramo do conhecimento humano, é marcada pela preocupação com os eventos reais que tem o homem como agente. Ou, acrescentando, que circundam ou provocam alterações na ação humana. Como exemplo, temos eventos físicos e naturais que provocam catástrofes ambientais e destroem a vida de milhões de pessoas, seu espaço que vivência, tornando-se um evento histórico.
Dessa forma, o objeto da história é por natureza o homem, um fato histórico. A história seria, ainda, uma forma de conhecer o passado, interpretar o presente e projetar o futuro.
Outra discussão que já vem desde os séculos XIX e XX e teve como grande representante a obra “As revolução cientificas” do autor Thomas Kuhn, coloca em xeque a racionalidade e objetividade tão intensamente buscadas por aqueles que se aventuravam na construção do conhecimento. A teoria central de Kuhn é que o conhecimento científico é descontínuo, opera por saltos qualitativos, que não se podem justificar em função de critérios de validação. A importância atribuída a sua obra importância se refere a inserção de fatores psicológicos e sociológicos na organização do trabalho científico, o que constitui um golpe na "imagem da ciência” pensada pelo positivismo de Augusto Comte. Essa ciência tende a identificar a cientificidade com a racionalidade - senão com a racionalidade.
As críticas ao paradigma clássico das ciências baseado nessa racionalidade- cartesiana, na física newtoniana e no idealismo kantiano em que o conhecimento científico era dependente de “categorias como