resenha
Maria C. Dornas
José A.D.R. Júnior
Rui T. Figueiredo e Filho
Fabrício B. Carrerette
Ronaldo Damião
Resumo
A história do câncer de próstata (CaP) mudou após a introdução do PSA na prática clínica a partir da década de 90. O câncer de próstata é uma doença altamente prevalente no mundo inteiro. Em nosso país, o rastreamento do CaP é preconizado em homens a partir dos 45 anos de idade através do toque retal e dosagem do
PSA. Muitos homens acima dos 60 anos terão diagnóstico de câncer de próstata. Discutiremos aqui os fatores de risco, etiológicos, diagnóstico e opções de tratamento para doença precoce e avançada. Procuramos a melhor evidência, preferencialmente ensaios clínicos randomizados sobre o CaP na base de dados do PubMed.
Atualmente o tratamento do CaP não deve levar em consideração somente o controle oncológico, mas também a manutenção da qualidade de vida do paciente. Este sim é um grande desafio para urologistas e clínicos, que lidam com pacientes portadores de CaP, geralmente idosos e/ou com comorbidades. Há muitas opções de tratamento para o câncer de próstata. Temos que entender que ao instituir um tratamento a um paciente, outra doença é gerada, mesmo que médico e paciente optem
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por cirurgia, radioterapia, terapia hormonal, vigilância ativa ou outro. Temos que ter certeza para tratarmos adequadamente o CaP, trazendo benefícios ao paciente.
PALAVRAS-CHAVE: Câncer de próstata;
Rastreamento; Tratamento; PSA; Terapia hormonal.
Epidemiologia e fatores de risco O diagnóstico, tratamento e morbi-mortalidade do câncer de próstata (CaP) tiveram sua história modificada após a introdução da dosagem do PSA na prática clínica. Na década de 90 houve uma espécie de “explosão” no diagnóstico do CaP, sendo atualmente o câncer mais prevalente na população14. Podemos então dividir o adenocarcinoma de próstata em uma era pré e pós-PSA. Na era pós-PSA, a mortalidade por câncer de próstata vem