Resenha

ARQUITETURA DA FELICIDADE por Alain de Botton

O filósofo suíço Alain de Botton, traz em seu livro a discussão, beleza ou funcionalidade? Segundo o autor as pessoas tem seu humor e até sua personalidade influenciado pela arquitetura que as rodeia, seja ela no ambiente de trabalho, nas ruas ou no seu lar. Ele traça um grande caminho da história da arquitetura onde em alguns períodos a beleza foi mais importante que a funcionalidade e vice versa.
O autor começa questionando a importância da arquitetura, citando pessoas que equacionam o contentamento com questões imateriais e invisíveis, não acreditando que o palpável e visível possa trazer alegria.
A principal abordagem neste capítulo é a respeito das sensações que certa arquitetura pode trazer a alguns, e a insignificância desta para outros que acreditam que a preocupação com o material é futilidade. O autor ainda diz que o que procuramos em uma obra arquitetônica não esta longe do que procuramos em um amigo ou até mesmo mostrar através dela quem somos.
Ainda fala em estetas, pessoas que, no seu auge de paixão pela arquitetura, tornam-se a meu ver, obcecados, neuróticos a ponto de se preocuparem apenas com as paredes e tapetes de sua casa.
Durante mil anos, o belo se resumia em estilo clássico. “cidade inteiras adquiriam uma unidade de estilo que se estendia por uma série de praças e avenidas”.
Percebe-se no texto, uma propagação dos termos: “reprodução exata; imitou; inspirou-se sem constrangimentos; fiel adaptação”. No entanto, isso se repetia de maneira mais expressiva em edificações de grande porte, visto que se tratando de casa mais simples, eram considerados alguns condicionantes como, clima, custo de transporte, etc. Tais limitações deram origem a fortes identidades locais.
Foi então que Horace Walpole resolveu sair do convencional estilo clássico e construir algo diferente, dessa forma, fez com que os arquitetos questionassem o “antigo estilo” passando a ousar nas construções seguintes.
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