Paradoxo: a integração na américa latina como forma de inserção internacional
Noeli Rodrigues¹
O presente artigo busca apresentar e discutir a intervenção dos países imperialistas, como a potência norte-americana, no processo de integração dos vários blocos econômicos, no âmbito das Américas. Em particular, avaliam-se os benefícios, bem como os malefícios advindos da ingerência das potências nos blocos de integração.
Para tanto, a União Europeia, por ser um processo de integração moderno e com modelo comunitário, servirá como parâmetro para as demais comparações. O objetivo principal não se resume a apresentação de um modelo ideal de integração, ou na forma mais apropriada para que esse processo ocorra. A análise busca expor as transformações que surgem durante este processo, compreendendo as mudanças na sociedade contemporânea, ou seja, a necessidade de inserção dos Estados para alcançar melhores oportunidades na esfera global.
Seguindo o modelo institucional europeu, bem sucedido, os objetivos do Pacto Andino - mais tarde conhecido como Comunidade das Nações (CAN) – compreendiam o aumento da integração entre seus países membros nos setores: econômico, comercial e político, primando pelo interesse comunitário (requisitos que se assemelham com os da União Europeia) e projeção externa. Tais objetivos dão conta do passo audacioso em torno desse modelo de integração, pois no que tange a organização institucional, o bloco apresenta como órgãos principais o Conselho Presidencial Andino (Máxima reunião dos Chefes de Estado), o Conselho Andino de Ministros das Relações Exteriores, a Comissão da Comunidade Andina (órgão normativo), a Secretaria Geral da Comunidade Andina com caráter executivo e técnico. A CAN conta ainda com o Tribunal de Justiça Andino e o Parlamento