resenha
Das criações advindas da sabedoria popular, passando pelas experiências dos padres pioneiros até os mais recentes avanços tecnológicos, o Brasil tem uma vasta gama de inventores notáveis. Se, por um lado, enfrentamos problemas na área da ciência e da tecnologia, podemos contar sempre com a fonte inesgotável de criatividade da nossa gente. 5 de novembro é o Dia Mundial do Inventor. Celebremos os nossos.
Alguns poucos ficaram milionários, outros tantos lutaram e ainda lutam pelos direitos de patente sobre suas invenções. Os inventores do Brasil nos proporcionaram muitos momentos de glória. E também várias controvérsias. O exemplo clássico é a eterna discussão sobre a paternidade da aviação, contrapondo os irmãos Wright a Santos-Dumont.
O 14-Bis, primeiro avião a voar por seus próprios meios, sem qualquer tipo de força extra, é o símbolo máximo da capacidade de criação brasileira; e Santos-Dumont, patrono absoluto dos nossos inventores. Mas temos ainda muito mais do que nos orgulhar.
Em 1893, um ano antes do italiano Guglielmo Marconi, tido como criador do rádio, o padre Landell de Moura transmitiu sua própria fala da Avenida Paulista para o Alto de Santana, a oito quilômetros dali. Chamaram-no de impostor, de bruxo. Desiludido, abandonou os experimentos. Deixou para trás as patentes do transmissor de sons (ondas hertzianas), do telefone e do telégrafo sem fio.
Conrado Wessel, em 1922, teve destino diferente. Descobriu uma nova fórmula para a revelação fotográfica. Patenteou a invenção e fundou a primeira fábrica de papéis fotográficos do Brasil. A Kodak comprou a patente e a fábrica, transferindo os lucros a Wessel durante 25 anos. O inventor fez fortuna e determinou em seu testamento a criação da Fundação Conrado Wessel, que agracia pesquisadores e escritores com até 100 mil reais - iniciativa conhecida como o prêmio Nobel brasileiro.
Em 1971, Euryclides Zerbini abriu caminho para importantes avanços na